Você já ouviu a expressão: chegar lá?
Com certeza já ouvimos ou falamos algo parecido como:
– Um dia eu chego lá; calma, você ainda chega lá!; certeza que ainda chego lá!; nossa, você realmente chegou lá!; e assim por diante.
Minha pergunta é: chegar onde?
E dessa pergunta surgiram outras:
– Onde é esse lá?
– Quando foi que definimos esse lugar e a partir de que?
– Fomos realmente nós quem definimos esse lugar, “lá”?
– Temos clareza sobre essa chegada e sobre o trajeto para “lá”?
– Como vamos saber que chegamos? O que estará realmente nos mostrando que já chegamos?
E então eu refleti sobre uma questão central: o que é suficiente?
Vivemos tempos onde o convite para o consumo de tudo: conhecimento, bens, ideias, diversão, espiritualidade, comida, esporte, internet e o que imaginarmos, é frenético, está disponível em abundância e até mesmo em excesso.
A questão é que muitas vezes percebo que perdemos a noção do que é suficiente. Quanto de cada coisa, de cada conquista, é realmente o suficiente.
E com quanto de cada coisa eu consigo me satisfazer, me enriquecer como pessoa, verdadeiramente?
Estamos falando muito sobre aquecimento global e sobre rever hábitos de consumo.
Mas sem definirmos, de verdade, o que é suficiente, de quanto preciso de cada coisa que consumo, acho muito difícil termos uma mudança significativa.
No período mais crítico da pandemia ouvi muitas pessoas olharem para suas roupas, calçados, acessórios e outras coisas mais e dizer: nossa, nem sabia que tinha tantas coisas e que realmente não precisava.
Foi escancarado para nós todos os excessos em alguns temas e a escassez em outros.
As casas foram revistas como lares e surgiu um desejo de cuidado maior.
Fico me perguntando: quantas outras “casas” de nossa vida estão a espera de cuidados verdadeiros, amorosos e de um olhar cuidadoso.
E tem uma coisa bastante importante sobre ser suficiente: enquanto não conseguirmos sentir-nos suficientes, nada ao nosso redor será o suficiente.
Será que o “lá” que buscamos está mais perto ou ao nosso alcance do que percebemos?
Será que não está do lado de dentro?
Será que o “lá” que perseguimos, é o verdadeiro “lá” que queremos?
Será que essa busca é realmente minha?
Será que me conheço o suficiente para responder essas perguntas todas, me escutando verdadeiramente?
Vou pensar aqui no meu “lá” e espero ter incentivado questionamentos sobre o seu “lá”.
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